Políticos receberam "malas de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato. A revelação foi feita à Polícia Federal pela contadora Meire Poza, segundo revela reportagem da revista “Veja” deste fim de semana. Ela trabalhou três anos para Youssef, tempo em que manuseou notas fiscais frias, assinou contratos de serviços inexistentes, montou empresas de fachada e organizou planilhas de pagamento. De acordo com a revista, o trabalho da contadora "deu ares de legalidade a um dos esquemas de corrupção mais grandiosos desde o mensalão".
Um dos parlamentares acusados pela contadora é o deputado federal André Vargas (sem partido). “O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento.” Outro é o senador Fernando Collor (PTB-AL). “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu.”
Um dos parlamentares acusados pela contadora é o deputado federal André Vargas (sem partido). “O André Vargas ajudou o Beto a lavar 2,4 milhões de reais. Como pagamento, ele ganhou uma viagem de jatinho. Eu mesma fiz o pagamento.” Outro é o senador Fernando Collor (PTB-AL). “O Beto fez os depósitos para o ex-presidente Collor a pedido do Pedro Paulo Leoni Ramos (ex-auxiliar do senador e também envolvido com o doleiro). Ele guardava isso como um troféu.”
Ainda conforme a denúncia, existia um terceiro parlamentar, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP). “O Vaccarezza precisava pagar dívidas de campanha. Um assessor dele me procurou em 2011 para apresentar um negócio com fundos de pensão no Tocantins.” Meire disse à Polícia Federal ter feito muitos depósitos nas contas de familiares de políticos, que negam a participação no esquema criminoso e exigem a apresentação de provas. A oposição quer convidar a contadora de Alberto Yousseff, à CPMI da Petrobras e à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.
A contadora contou à "Veja" que só percebeu a natureza ilegal dos negócios de Youssef quando recebeu ordens do doleiro para fazer um contrato pelo qual a empreiteira Mendes Júnior pagaria R$ 2,6 milhões à GDF Investimentos (de propriedade de Youssef), a título de consultoria sobre a viabilidade de plataformas de petróleo. "Era só simulação para receber dinheiro. A GDF só tinha que fornecer os contratos", disse Meire à revista.