O desastre que ocorreu em Mariana, distrito de Minas Gerais foi sem precedentes, pelo menos nove mortos e 18 desaparecidos já foram contabilizados até o momento. Além disso, nota-se que o desastre ambiental provocado pelo rompimento já está dando um ponto final no Rio Doce, que é o mais importante de Minas Gerais. Os especialistas já declaram que ele está oficialmente morto. As análises laboratoriais, encomendadas após o desastre, encontraram partículas de metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro e mercúrio na água do rio. Luciano Magalhães, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guando, órgão responsável pela análise, disse que: “parece que jogaram a tabela periódica inteira” dentro do rio. Segundo ele, a água não tem mais utilidade nenhuma, sendo imprópria para irrigação e consumo animal e humano
Além desses metais pesados, a própria força da lama já devastou a biodiversidade do rio para sempre. Os ambientalistas não descartam a possibilidade de que espécies endêmicas inteiras tenham sido EXTINTAS pela lama. A quantidade de lama é tão grande que o rio teve o seu curso natural bloqueado, fazendo com que perdesse força e formasse pequenas lagoas que também não durarão muito, já que, além dos minérios, os esgotos, pesticidas e agrotóxicos também estão sendo carregados pelas águas.
Pescadores da região criaram a Operação Arca de Noé, para atuar em regiões da bacia hidrográfica do Rio Doce que ainda não foram atingidos pela enxurrada, transferindo os peixes para lagoas de água limpa utilizando caixas, caçambas e lonas plásticas. Ao visitar os locais atingidos pelo rompimento, a presidente Dilma Roussef declarou que a multa preliminar que a Samarco (mineradora responsável pela barragem) deverá pagar por causa dos danos ambientais gira em torno de R$ 250 milhões. Mas será que esse dinheiro será suficiente para reparar o mal que essa catástrofe causou e causará? Comente: