O jornalista Milton Neves replicou informação do blogueiro Rica Perrone no Twitter e causou polêmica. Segundo ambos, Flamengo e Cruzeiro já foram rebaixados sim em suas histórias, nos respectivos estaduais, nas décadas de 20 e 30 do século passado.
Ocorre que tal informação sobre o Flamengo é extremamente equivocada, uma vez que o clube rubro-negro terminou em último lugar da liga LCF (Liga Carioca de Futebol), mas o regulamento da competição não previa rebaixamento naquele ano. Isso acontece porque provavelmente o futebol brasileiro estava migrando para a profissionalização do esporte.
Como torcedores rivais não querem saber disso, levantam essa questão que o Flamengo foi rebaixado em 1933, o que é uma informação arbitrária.
Fonte: Flamengo Notícias
Ocorre que tal informação sobre o Flamengo é extremamente equivocada, uma vez que o clube rubro-negro terminou em último lugar da liga LCF (Liga Carioca de Futebol), mas o regulamento da competição não previa rebaixamento naquele ano. Isso acontece porque provavelmente o futebol brasileiro estava migrando para a profissionalização do esporte.
Como torcedores rivais não querem saber disso, levantam essa questão que o Flamengo foi rebaixado em 1933, o que é uma informação arbitrária.
Fonte: Flamengo Notícias
Real História:
Sempre que alguém questiona os torcedores cariocas não-flamenguistas em relação aos seus rebaixamentos, aparece a história de um suposto rebaixamento do Flamengo em 1933. Quando isso acontece, costumo explicar a real história sobre o que ocorreu naquele ano, mostrando que essa história é absolutamente mentirosa.
Escudo do Flamengo
Em 1933, o futebol brasileiro passava por um processo de profissionalização bastante conturbado. Havia uma verdadeira cisão entre os clubes que queriam o profissionalismo e os que desejavam manter o amadorismo no esporte. No estado do Rio, em especial, América, Bangu, Fluminense articulavam para adotar oficialmente (já que na prática alguns clubes assim o faziam) o profissionalismo, enquanto o Botafogo era terminantemente contra, contando com apoio do Flamengo e do São Cristóvão. Para adotar o profissionalismo, América, Bonsucesso, Bangu, Fluminense e Vasco fundaram uma nova liga, denominada Liga Carioca de Futebol. Durante o campeonato da A.M.E.A. (entidade que reunia os clubes amadores e que era considerada a liga oficial, já que era vinculada a CBD e à CBF`), Flamengo e São Cristóvão resolveram abandonar a disputa. O Flamengo entrou então no campeonato dos clubes profissionais, que até então só contava com 5 clubes. Neste campeonato de profissionais que, para deixar claro, só tinha 6 clubes (América, Bangu, Bonsucesso, Flamengo, Fluminense e Vasco) o Flamengo ficou em 6º lugar. Neste ano não havia segunda divisão, pois não existia mais nenhum clube profissional no estado do RJ. Logo o Flamengo nunca poderia ser rebaixado. Não houve nenhum tipo de virada de mesa para beneficiar o Flamengo, não havia segunda divisão.
Este caso é bem diferente do que ocorreu, por exemplo, com o Fluminense em 96 (quando ficou em penúltimo lugar, na zona de rebaixamento, e a CBF cancelou o rebaixamento) e em 99 (quando foi alçado direto da Série C para a primeira divisão com a criação da Copa João Havelange).
Ao contrário do que dizia Joseph Goebbels, uma mentira não se torna verdade por ser contada mil vezes.
Como gosto de dizer as coisas com base sobre o que estou falando, coloco abaixo a seção sobre o Carioca de 33 do livro “A história dos Campeonatos Cariocas de Futebol”, de Roberto Mércio. Pindobaçu News.
Escudo do Flamengo
Em 1933, o futebol brasileiro passava por um processo de profissionalização bastante conturbado. Havia uma verdadeira cisão entre os clubes que queriam o profissionalismo e os que desejavam manter o amadorismo no esporte. No estado do Rio, em especial, América, Bangu, Fluminense articulavam para adotar oficialmente (já que na prática alguns clubes assim o faziam) o profissionalismo, enquanto o Botafogo era terminantemente contra, contando com apoio do Flamengo e do São Cristóvão. Para adotar o profissionalismo, América, Bonsucesso, Bangu, Fluminense e Vasco fundaram uma nova liga, denominada Liga Carioca de Futebol. Durante o campeonato da A.M.E.A. (entidade que reunia os clubes amadores e que era considerada a liga oficial, já que era vinculada a CBD e à CBF`), Flamengo e São Cristóvão resolveram abandonar a disputa. O Flamengo entrou então no campeonato dos clubes profissionais, que até então só contava com 5 clubes. Neste campeonato de profissionais que, para deixar claro, só tinha 6 clubes (América, Bangu, Bonsucesso, Flamengo, Fluminense e Vasco) o Flamengo ficou em 6º lugar. Neste ano não havia segunda divisão, pois não existia mais nenhum clube profissional no estado do RJ. Logo o Flamengo nunca poderia ser rebaixado. Não houve nenhum tipo de virada de mesa para beneficiar o Flamengo, não havia segunda divisão.
Este caso é bem diferente do que ocorreu, por exemplo, com o Fluminense em 96 (quando ficou em penúltimo lugar, na zona de rebaixamento, e a CBF cancelou o rebaixamento) e em 99 (quando foi alçado direto da Série C para a primeira divisão com a criação da Copa João Havelange).
Ao contrário do que dizia Joseph Goebbels, uma mentira não se torna verdade por ser contada mil vezes.
Como gosto de dizer as coisas com base sobre o que estou falando, coloco abaixo a seção sobre o Carioca de 33 do livro “A história dos Campeonatos Cariocas de Futebol”, de Roberto Mércio. Pindobaçu News.