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"Avisaram que iríamos pousar, um pouso normal. (Sobre seguir o protocolo) Não disse nada disso para a imprensa. É a primeira vez que estou falando para a imprensa. Ninguém percebeu que ia cair. Estavam todos prontos para pousar, normal. Em nenhum momento fiz isso (ficar na posição fetal). Era a preparação para um pouso normal", explicou ele.
"Falei com o técnico (Caio Júnior) e ele estava me ensinando a falar português. Quando disseram "afivelem os cintos, vamos pousar", todos voltaram a suas poltronas. As luzes se apagaram e começou a vibrar. Pensei que era do pouso, mas não foi. Apenas ouvi e não me lembro de mais nada. Depois me levantei do chão", continuou ele.
Erwin foi um dos primeiro a ser encontrado após a queda. Ele lembra que não sabia o que tinha acontecido e que apenas viu a companheira de equipe Ximena, que estava a poucos metros. Ele começou a gritar e usou a lanterna para orientar os socorristas que faziam o resgate.
No momento do acidente era como um pesadelo, porque nem eu mesmo acreditava. Acordei e pensei: "o que aconteceu aqui?". O que fiz foi pegar minha lanterna, iluminar e gritar por socorro. Comecei a piscar a lanterna para que me vissem. Ximena estava a cinco metros de mim, eu estava com o rosto no chão e levantei assustado. Levantei de repente e corri em direção a ela. Ela estava presa e gritando. Quando me viu foi se acalmando e eu disse: "Vamos embora". Era mato, escuro e eu pensei em ir em direção ao aeroporto. Vi muitos corpos espalhados, mas não tinha o que fazer. Eu também não via sinais de vida e, além disso, me preocupava se o avião fosse explodir ou se desmanchar. Por isso fui me afastando com Ximena